O autor encarnado do Espiritismo |
Nascido em 03 de outubro de 1804 e registrado em certidão de
nascimento como Hippolyte Léon Denizard Rivail, adotou o pseudônimo Allan
Kardec aos 52 anos, quando publicou a 1ª edição de O Livro dos Espíritos,
em Paris, França.
Homem de grande inteligência e sensatez, aplicou todos os
seus dotes intelectuais na investigação e pesquisa dos fenômenos mediúnicos que
sobejaram o planeta por ocasião do meado do século XIX.
Encarnado para a grande missão de concretizar em livros a divina
Revelação dos Espíritos, que relembraria os ensinamentos de Jesus, bem como esclareceria
outros que atravessaram os séculos sem o devido entendimento das leis que regem
o Espírito e sua vida imortal.
A vida de Hippolyte Léon Denizard Rivail é uma prova
viva da preparação que deveria ter para se tornar Allan Kardec, o
missionário divino que escreveria a mais completa, mais lógica e grandiosa
filosofia da nossa humanidade.
A lei do esquecimento do passado, que atua providencialmente nos
encarnados, evidentemente o manteve ignorante da missão enquanto desperto, em vigília.
Contudo, muito certo é que deve ter sido conduzido, intuitivamente, pelo
compromisso assumido enquanto Espírito antes de reencarnar, tão certo quanto
a assistência constante, eficiente e amorosa do seu anjo guardião e de outros
amigos espirituais.
Assim preparado, fez contato, observou, investigou, pesquisou
e concretizou, com sua escrita irrepreensível, tudo o que apreendeu dos muitos
Espíritos que participaram dessa obra divina.
Alguns biógrafos nos presenteiam com informações e detalhes da
vida desse nobre homem: Henri Sausse, Marcel Souto Maior, Zêus Vantuil e Francisco
Thiesen são alguns que sentiram a honra e o prazer de escrever sobre Allan
Kardec. É relevante que todo espírita leia sobre sua vida para ter ideia da
sua importância para o advento do Espiritismo.
Contudo, é lendo as 23 obras que Allan Kardec escreveu que
podemos perceber o quão elevado era seu Espírito. A sua linguagem precisa e lógica,
isenta de prolixidade e misticismos, nos possibilita a compreensão do verdadeiro
Espiritismo, com base no ensino universal dos Espíritos. Nada em suas obras
ficou sem ser investigado e atestado mediante a mais rigorosa lógica e razão, e
nenhuma teoria foi escrita que não tivesse sido exaustivamente questionada e
todas as questões solucionadas.
Dentre as suas 23 valiosas obras encontramos os livros intitulados Revista Espírita. A Revista Espírita foi publicada mensalmente
por Kardec de janeiro de 1858 a abril de 1869, cujos fascículos mensais foram
agrupados por ano de publicação, pelas editoras brasileiras, formando assim 12 volumes com as mais variadas
informações sobre a construção da Doutrina Espírita, como diálogos com os
Espíritos, notícias temporais sobre fatos que podiam ser esclarecidos à luz dos
princípios doutrinários, criticas de pessoas que se manifestavam contra o
Espiritismo e as sábias e respeitosas respostas de Kardec. Encontramos
também diversas dissertações de Espíritos elevados, bem como as excelentes explicações
de Kardec às dúvidas que chegavam até ele via cartas. E muitos outros assuntos
com relevância na construção das obras fundamentais espíritas.
As Revistas Espíritas também fornecem material precioso que
nos faz perceber o quão nobre e encantador era o caráter do missionário Allan
Kardec. Vamos perceber o quanto ele era respeitado e estimado pelos
companheiros, pelos leitores e estudiosos e principalmente pelos próprios
Espíritos superiores que participavam desse projeto divino. O tratamento comum
que davam a ele era de “mestre”, num reconhecimento ao seu saber e liderança.
Até mesmo nos emocionando com algumas declarações de reconhecimento da sua
superioridade espiritual por alguns Espíritos elevados, companheiros na missão[1].
Ou ainda pela declaração do próprio Espírito de Verdade[2],
no livro Obras Póstumas, ao anunciar que estava como seu protetor
espiritual para o orientar na construção de tão preciosa doutrina. Por tudo
isso concluímos que Allan Kardec era um Espírito superior, escolhido para
realização de tão grandiosa missão.
O homem Allan Kardec foi a encarnação de um Espírito superior
que realizou sua missão com todo zelo e perfeição. Supor que Kardec poderia ter
falhado é tão desnecessário quanto improdutivo, pois sequer supõem
tal opção aqueles que o leem e o compreendem.
Leiamos as obras fundamentais escritas por Allan Kardec. No
portal www.kardecpedia.com encontramos todas
as 23 obras para leitura e pesquisa.
Viva a Allan Kardec!
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Obs: O Livro Obras Póstumas contém escritos de Kardec que ele nunca publicara. Os participantes remanescentes da Sociedade pariense de estudos espíritas, publicaram estes escritos 22 anos após sua morte.
[1]Um Espírito encarnado foi escolhido para vos dirigir, para vos conduzir. Submetei-vos com respeito, não às suas leis, pois ele não dá ordens, mas aos seus desejos.” – Santo Agostinho. https://kardecpedia.com/roteiro-de-estudos/896/revista-espirita-jornal-de-estudos-psicologicos-1862/5247/agosto/sociedade-espirita-de-constantina
[2] “No dia seguinte, como houvesse sessão em casa do Sr. Baudin, narrei o fato e pedi que mo explicassem.
Pergunta — Ouvistes, sem
dúvida, o relato que acabo de fazer; poderíeis dizer-me qual a causa daquelas
pancadas que se fizeram ouvir com tanta persistência?
Resposta — Era o teu
Espírito familiar.
P. — Com que fim foi ele
bater daquele modo?
R. — Queria comunicar-se
contigo.
P. — Poderíeis dizer-me
quem é ele?
R. — Podes perguntar-lhe a
ele mesmo, pois que está aqui.
NOTA — Nessa época, ainda
se não fazia distinção nenhuma entre as diversas categorias de Espíritos simpáticos.
Dava-se a todos a denominação de Espíritos familiares.
P. — Meu Espírito familiar,
quem quer que tu sejas, agradeço-te o me teres vindo visitar. Consentirás em
dizer-me quem és?
R. — Para ti,
chamar-me-ei A Verdade e todos os meses, aqui, durante um quarto de hora, estarei
à tua disposição.
P. — O nome Verdade, que
adotaste, constitui uma alusão à verdade que eu procuro?
R. — Talvez; pelo menos, é
um guia que te protegerá e ajudará.
“Caro Mestre... Ao te escolherem, os Espíritos conheciam a solidez das tuas convicções e sabiam que a tua fé, qual muro de aço, resistiria a todos os ataques.” – Erasto. – Obras póstumas = 2ª parte - A minha primeira iniciação no Espiritismo.
“E vós, caro mestre, que Deus abençoe os vossos trabalhos.” – São Luís - https://kardecpedia.com/roteiro-de-estudos/900/revista-espirita-jornal-de-estudos-psicologicos-1866/5931/marco/mediunidade-mental